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ONGs ambientais pedem que governo alemão desista de financiar Angra 3
Camilla Costa*
Da BBC Brasil em São Paulo
Organizações ambientais pediram ao governo alemão que desista do acordo que prevê um subsídio de 1,3 bilhão de euros (cerca de R$ 3 bilhões) para a construção da usina nuclear de Angra 3, no município de Angra dos Reis (RJ).
A partir dos anos 70, a Alemanha passou a colaborar com o programa nuclear brasileiro. No caso de Angra 3, o país se comprometeu em subsidiar a empresa alemã Siemens, que forneceria equipamentos e insumos para a construção da usina.
Este tipo de subsidio do governo alemão serve para proteger as empresas do país, caso um empreendimento em outro país fracasse. Em 2010, a Alemanha reafirmou seu compromisso com Angra 3, mas nenhum contrato de financiamento nem de fornecimento de materiais chegou a ser assinado.
A ONG ambiental Urgewald e outras dez instituições assinaram uma carta enviada à chanceler Angela Merkel e aos ministros da Economia, das Finanças e das Relações Exteriores do país, pedindo que o país desista da parceria.
Na carta, as organizações argumentam que a situação da usina Angra 2, que funciona há dez anos sem uma licença permanente e que também foi resultado de uma parceria com a Alemanha, comprova que o Brasil é um país com "baixos padrões de segurança e sem uma fiscalização nuclear independente".
Os ambientalistas argumentam também que o projeto de Angra 3, feito nos anos 80, é ultrapassado e apresenta sérios problemas relativos à segurança das pessoas e do ecossistema da região.
A carta chegou às mãos dos ministros antes de um debate sobre a questão no parlamento alemão, na última semana. Após a discussão, o governo disse que voltará a discutir as condições da construção de Angra 3 com o governo brasileiro.
Segurança
A especialista em instituições financeiras da ONG Urgewald, Barbara Happe, disse que a crise nuclear na usina de Fukushima, no Japão, deve fazer com que o governo alemão repense não só sua política nuclear interna, mas também a ajuda aos projetos nucleares de outros países.
"Entre 2001 e 2009, conseguimos que a Alemanha não aprovasse nenhum financiamento na área de energia nuclear. Mas, desde que o governo mudou, usinas da China, do Vietnã, da França e de outros países receberam financiamentos. Nós só ficamos sabendo depois", disse.
Segundo Happe, uma das autoras da carta aos ministros alemães, a verba prevista para a usina de Angra 3 é a maior que todas as que Alemanha concedeu recentemente.
A especialista, que já morou no Brasil e analisou o projeto da nova usina, apontou diversos argumentos contra a construção, como os problemas de segurança do local previsto e a falta de um depósito seguro para os resíduos nucleares. Atualmente, eles são armazenados dentro do próprio complexo nuclear, em frente ao mar.
"Sabemos que aquela região sofre fortes chuvas e está sujeita a deslizamentos. Em casos como estes, a rota principal de fuga, que é a BR-101 (Rio-Santos), geralmente fica interditada", disse Barbara Happe.
"Em caso de acidentes, seria preciso retirar cerca de 170 mil pessoas dali. Sem a rodovia, fica difícil."
As instalações da usina Angra 3 já estão sendo construídas no complexo em Angra dos Reis.
A Eletronuclear, empresa que opera as usinas nucleares brasileiras, anunciou ao longo da última semana uma série de medidas de segurança como a construção de quatro píeres nas imediações de Angra 1, 2 e 3 para aumentar o número de rotas de fuga da região e facilitar a evacuação em navios.
Um porta-voz da empresa anunciou também o plano de contratar uma consultoria para avaliar o risco de deslizamentos nas encostas da BR-101.
Ele disse também que a Eletronuclear estuda a possibilidade de construir uma pequena central hidrelétrica nas bacias dos Rios Mambucaba e Bracuí, para resfriar os reatores das usinas caso os geradores existentes falhem, como ocorreu em Fukushima.
Exemplo japonês
A crise provocada pelo vazamento de radiação da usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelo tsunami e terremoto que atingiram no Japão no início do mês de março, fizeram com que diversos países europeus anunciassem mudanças em seus programas nucleares.
Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel decidiu voltar atrás em sua decisão de estender a vida útil das usinas do país após protestos populares contra o uso da energia nuclear.
Segundo a agência estatal alemã Deutsche Welle, o ministério da Economia divulgou uma nota em que prometeu consultar o governo brasileiro para saber "em que medida os acontecimentos no Japão terão efeito nos próximos procedimentos e nos padrões a serem utilizados na futura usina".
*Colaboração de Júlia Carneiro, da BBC Brasil no Rio de Janeiro.
ONGs alemãs dizem que governo não deve financiar Angra 3
COMENTANDO:
Eu particularmente não vou ficar rendendo muito assunto sobre esta questão de usinas nuclear seja no Japão,no Brasil ou em qualquer lugar do mundo,afinal,isto é assunto pra muito tempo,infelizmente.
Só espero que em nosso país,os governantes não esperem acontecer aqui o que aconteceu no Japão,para depois verem o tamanho da burrada que é o investimento em usina nuclear.
Porque não investir na usina eólica?
Argumentam que o investimento é muito alto,mas pelo menos tem-se a vantagem de não colocar em risco a vida das pessoas tanto quanto o investimento da usina nuclear que é também tão caro e causa estragos enormes em caso de um acidente.
Argumentam que o investimento é muito alto,mas pelo menos tem-se a vantagem de não colocar em risco a vida das pessoas tanto quanto o investimento da usina nuclear que é também tão caro e causa estragos enormes em caso de um acidente.
Hoje mesmo de manhã li uma reportagem sobre um japonês que se suicidou quando soube que a sua plantação de repolhos cultivada há décadas sem agrotóxico foi contaminada pela radiação.
Imaginem o desespero deste homem,tudo bem que ele foi egoísta ao tirar sua própria vida,pois milhares como ele estão vivendo o pesadelo da contaminação pela radiação no país,mas precisamos tentar nos colocar no lugar deste homem,que tinha a preocupação de cultivar e comercializar uma plantação inteira durante anos sem nenhum agrotóxico e de repente da noite pro dia ele se vê desolado,desamparado e destruído por um problema pelo qual ele não buscou,pelo qual ele não teve nenhuma culpa!
É triste,muito triste e trágico!
Não queremos isso nem para os japoneses,nem para ninguém em qualquer lugar do planeta e muito menos para nós brasileiros.
Porque,se o Japão sendo um país um tanto quanto estruturado em se tratando de prever as tragédias para amenizá-las,imaginem se acontece aqui no Brasil,onde não temos estrutura nenhuma?
Sem sombra de dúvida que a tragédia seria muito maior e muito mais devastadora.
É óbvio que eu sou a favor da consciência ambiental,claro,mas acima de tudo sou a favor da lógica;será que as vantagens de uma usina nuclear superam os riscos?
Somos leigos no assunto para responder esta pergunta,mas sem dúvida é uma pergunta que eu acredito que nem mesmo os especialistas no assunto,estão seguros de suas respostas!
Por: Cátia Rodrigues (Tecnóloga em Gestão Ambiental)
Imaginem o desespero deste homem,tudo bem que ele foi egoísta ao tirar sua própria vida,pois milhares como ele estão vivendo o pesadelo da contaminação pela radiação no país,mas precisamos tentar nos colocar no lugar deste homem,que tinha a preocupação de cultivar e comercializar uma plantação inteira durante anos sem nenhum agrotóxico e de repente da noite pro dia ele se vê desolado,desamparado e destruído por um problema pelo qual ele não buscou,pelo qual ele não teve nenhuma culpa!
É triste,muito triste e trágico!
Não queremos isso nem para os japoneses,nem para ninguém em qualquer lugar do planeta e muito menos para nós brasileiros.
Porque,se o Japão sendo um país um tanto quanto estruturado em se tratando de prever as tragédias para amenizá-las,imaginem se acontece aqui no Brasil,onde não temos estrutura nenhuma?
Sem sombra de dúvida que a tragédia seria muito maior e muito mais devastadora.
É óbvio que eu sou a favor da consciência ambiental,claro,mas acima de tudo sou a favor da lógica;será que as vantagens de uma usina nuclear superam os riscos?
Somos leigos no assunto para responder esta pergunta,mas sem dúvida é uma pergunta que eu acredito que nem mesmo os especialistas no assunto,estão seguros de suas respostas!
Por: Cátia Rodrigues (Tecnóloga em Gestão Ambiental)
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Alguém que acredita que a busca pela sustentabilidade deve partir das nossas pequenas ações diárias!!!
Parabéns pelo post
ResponderExcluirReginaldo