Somos muitos os sonhadores,mas somos poucos os dispostos a praticar os sonhos!

Postado em 14/05/2010 - 04h05 por Agência Envolverde

Helio Mattar: “eu sou um sonhador, mas não sou o único”


Por Redação Instituto Akatu



Durante evento realizado em Nova York, diretor-presidente do Akatu propõe ideias para construção de um mundo mais sustentável.



“Eu sou um sonhador, mas não sou o único”, disse Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu em sua participação no TEDxEast, um evento global que reúne profissionais de diversas áreas, pensadores, ativistas e líderes sociais com o objetivo de divulgar, partilhar e debater iniciativas positivas, além de inspirar seus participantes a criar um impacto maior no mundo por meio de suas ideias. O encontro foi realizado no último dia 7 de maio, em Nova York.

Pautado pelo tema “Imaginando um futuro sustentável”, Mattar contou aos presentes a história de uma mulher brasileira de origem indígena chamada Akatu. Ao nascer, a menina recebeu de seus pais o nome que funde duas palavras do tupi, “A” e “Katu”. "A" significa, ao mesmo tempo, “semente” e “mundo”, dado que para os índios que vivem na floresta a semente contém a árvore, que contém a floresta, que é o mundo em que vivem; e "Katu" significa “bom” e “melhor”. Akatu, assim, significa semente boa para um mundo melhor.

Na história contada por Mattar, a escolha do nome de Akatu surgiu de um desejo de mudança. “Quando Akatu nasceu, seus pais estavam muito inquietos com a situação insustentável do mundo em que viviam, pois o modo de vida de cada um começava a comprometer as gerações futuras em relação a questões sociais, ambientais, econômicas. Os pais da Akatu acreditavam que a visão de um futuro desejável era uma condição necessária para que as pessoas começassem a construir um mundo melhor”.

“A situação se agravou”, continua Mattar. “As pessoas trabalhavam muito e não tinham tempo para o lazer criativo, que foi trocado pela falsa necessidade de consumir. Elas viviam com dinheiro emprestado e experimentavam a tensão contínua e a pressão para consumir mais e mais. Felizmente muitas pessoas começaram a perceber a falta de sentido desse ciclo vicioso”.

Mattar descreveu, então, o mundo sustentável conquistado pela geração de Akatu: ela vive em uma comunidade onde as casas são construídas de materiais sustentáveis, a maioria delas feitas a partir de produtos reciclados. A água disponível é de boa qualidade e usam-se energias eólica e solar para abastecer a comunidade. Todos os produtos (inclusive as roupas) são duráveis, fabricados a partir de materiais reciclados e sem uso de químicos e tóxicos; são usados até o final da sua vida útil e sempre encaminhados novamente para reciclagem. É uma sociedade em que todos estão cientes da forte interdependência dos impactos ambientais, sociais e econômicos no mundo e que, por isso, sabem que tudo o que acontece em um determinado lugar afeta o conjunto.

“Na geração da Akatu, os valores masculinos de competição, agressividade, racionalidade e objetividade são equilibrados com os valores femininos de cooperação, afetividade, da intuição e da subjetividade. Eu amo este mundo da Akatu”, conclui.

Mattar explica que, “na verdade, meu objetivo era contar aos presentes a história, o percurso e a missão do Instituto Akatu. Acredito fielmente que esse mundo possa existir, quem sabe em 2050? Como não temos uma receita pronta para promover uma mudança do nosso processo de produção e consumo, que acreditamos ser a origem da insustentabilidade que vivemos, achei que personalizando a história do Akatu poderia convidar e cativar mais pessoas a contribuírem para a construção desse mundo melhor, um mundo mais sustentável”.


Fonte: (Envolverde/Instituto Akatu)


COMENTÁRIO:

Ao ler a reportagem acima,onde o diretor-presidente do Akatu Hélio Mattar conta a história de uma mulher brasileira de origem indígena chamada Akatu,me identifiquei com a vontade do Héilo,de dividir com as pessoas o sonho e a necessidade da conscientizaçao ambiental mundial.

E coinscidentemente,ontem,este foi o assunto debatido entre eu e um grande amigo.Onde ele tentava me mostrar o quanto o fato de, uma recém-formada em meio ambiente divulgar sua verdadeira opinião sobre as divergências entre a maneira como as mineradoras se impõem nos seus empreendimentos e o pensamento formado de um gestor ambiental,pode afetar o meu futuro profissional.

Até aí,concordo plenamente com ele,afinal,isso pode sim me atrapalhar profissionalmente,que mineradora ou outra empresa que necessite da exploração ambiental,vai querer contratar uma gestora ambiental que tem uma opinião formada e crítica sobre a forma como elas desempenham suas funções diante  esta questão?

Mas por outro lado,tenho a convicção de que me formei em Gestão Ambiental para colocar em prática a minha visão sobre a exploração ambiental e as consequências que ela traz para o planeta.Por que eu haveria de querer me calar em relação a isso?

Se fosse assim,eu teria me formado em outra área,ou então teria entrado para a vida política,rsrsrs!

Sinceramente,a realidade do mercado de trabalho nos força a analisarmos os nossos conhecimentos e questionamentos sobre o que é aprendido na faculdade teoricamente e o que é colocado em prática em campo!Sendo assim,chego a conclusão de que a vida é uma demagogia e pode te deixar cego a ponto de você abrir mão dos seus princípios para conseguir uma vaga de trabalho!

É por isso que vemos muitos colegas da área,exercendo de forma ilícita o seu trabalho que ao invés de proteger,simplesmente ajuda aqueles que querem apenas explorar,desmatar e degradar impensavelmente o nosso planeta!

No fundo,essa conclusão me leva a entender que é preferível para quem escolhe esta área,optar por trabalhar no 3° Setor ou como autônomo.Porque assim,você pode expressar sua opinião sincera,agradando a todos ou não,pois dessa forma você não precisa omitir o que lhe é ensinado na sala de aula.

Mas este é um assunto polêmico e abrangente,que cabe ser discutido em outro post!...

Por: Cátia Rodrigues

Comentários