Ipam: sem desmatar mais, Amazônia poderia ter 583 mil km² para agricultura

Área já não tem floresta, mas precisaria de regularização ambiental.
Estudo contesta a noção de que lei ambiental é entrave à produção.

Do Globo Amazônia, em São Paulo


Estudo da ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) aponta que o total de área agriculturável na Amazônia pode chegar a 583 mil km² - cerca de 80% de toda superfície já desmatada na região, que corresponde a mais de 725 mil km².

Esse volume de terras equivale a mais do que o dobro da soma de todas as áreas destinadas à atividade agropecuária nos estados de São Paulo e Paraná. Segundo o Ipam, o número pode ser alcançado regularizando as áreas já desmatadas, seguindo as normas do Código Ambiental – lei que determina o quanto se pode derrubar de floresta em cada região.

De acordo com o instituto, os números da Amazônia somados ao do resto do Brasil indicam que seria plenamente possível a implementação dos princípios do Pacto pelo Desmatamento Zero, proposto por um conjunto de ONGs, contrariando a noção de que faltam terras agriculturáveis e de que a legislação ambiental seja empecilho para o avanço da produção agrícola nacional.

Segundo os dados do relatório “Alcance Territorial da Legislação Ambiental e a Consolidação do Uso Agropecuário de Terras no Brasil”, divulgado nesta quarta-feira (29), o potencial de área para agropecuária no Brasil varia entre 3.03 milhões de km² a 3,66 milhões de km², ou seja, de 36% a 43% do território nacional.

Fonte de pesquisa: www.globoamazonia.com

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