CONSCIÊNCIA JOVEM

Jovens entregam a autoridades carta de responsabilidade com o meio ambiente


Divulgação ASCOM

07/04/2009

Carlos Américo

Crianças e adolescentes que participaram da III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente deram exemplo de comprometimento com o meio ambiente. Ontem, no encerramento do evento, no Teatro Nacional, em Brasília, os jovens apresentaram a "Carta de Responsabilidades para o Enfrentamento das Mudanças Ambientais Globais". São nove pontos contidos no documento onde eles assumem desde o compromisso de preservar os rios e florestas nacionais até disseminar os conhecimentos para estudantes e comunidades, familiares e governos locais.

A carta foi entregue em mãos aos ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Educação, Fernando Haddad, da senadora Marina Silva, da Coordenadora de Educação Ambiental do Ministério da Educação, Rachel Trajber, e da secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Samyra Crespo. Eles assumiram o compromisso de seguir à risca as responsabilidades da carta e de fazê-la chegar às mãos do presidente Lula.

Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a conferência é um exemplo de que a juventude é consciente da importância de preservação do meio ambiente. E ressaltou a importância de se trabalhar a educação ambiental dentro e fora da escola. "Educação ambiental não é decoreba, é mudança de atitude e de valores. E é isso que vocês estão fazendo: dando o exemplo", disse.

Os organizadores da conferência fizeram uma parceria com os Correios para a criação de um selo especial do evento. Cada participante ganhou uma cartela para usar em cartas que serão enviadas pelos Correios aos governadores, prefeitos, diretores de escolas e para quem mais eles acharem que pode transmitir para um maior número de pessoas.

Para os jovens, os cinco dias reunidos para debater o meio ambiente foi uma experiência única e que levarão para a toda vida. O estudante acreano Matheus Silva, de 13 anos, acredita mais do que nunca que "a união faz a força" e que mais consciência é poder passar esse aprendizado para outras pessoas.

O encerramento reuniu cerca de mil pessoas de todos os estados do Brasil. Foram mais de 700 delegados infanto-juvenis, além de facilitadores dos Coletivos Jovens de Meio Ambiente, educadores e 70 representantes de 43 países como observadores internacionais.

Observadores internacionais - Durante os cinco dias da III Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, em Luziânia, 73 observadores internacionais de 40 países acompanharam os debates para levar a discussão para o âmbito internacional.

Eles vão aproveitar a experiência para incrementar a construção do regulamento da Conferência Internacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, prevista para acontecer em 2010. Além de debater as questões ambientais com os adolescentes de todo o Brasil, os observadores trocaram experiências sobre o trabalho de educação ambiental nos países. O observador do Qatar, Abdul Aziz Helal, espera que a troca de experiências sirva para implementar novas idéias em seus país.

Para o observador do Qatar, é muito importante começar o trabalho ambiental nas escolas, principalmente com os mais jovens, para que eles cresçam com esses valores. No seu país a educação ambiental não é curricular, mas as crianças podem se envolver com o assunto dentro da escola, com a participação de organizações não-governamentais chamadas de "amigas do meio ambiente", que dão suporte para as escolas, oferecendo atividades e recursos sobre o tema.

Já o representante da Inglaterra, João Felipe Scarpelini, exaltou o envolvimento dos jovens nos debates e os trabalhos das oficinas de publicidade, rádio, teatro e fanzine, "Acho emocionante ver crianças discutindo sobre as mudanças do clima. Elas não só pensam nos problemas, mas também apresentam soluções". Ele falou que na Inglaterra a educação ambiental é trabalhada como disciplinar escolar.

O representante inglês quer repassar a experiência brasileira das conferências locais para o evento mundial, previsto para o ano que vem. "Envolver os jovens dentro da escola para pensar em políticas públicas é inédito. Para mim é incrível a discussão de como recriar esse processo em outros países", ressaltou.

FONTE DE PESQUISA: www.mma.gov.br

ASCOM

Comentários